«- Harold!» - disse, numa má pronúncia de inglês. «- Eu não podia continuar lá longe. É tão solitário lá em cima só com... Oh!, meu Deus, é o Paulo!»
»Estas últimas palavras foram pronunciadas em grego e, no mesmo instante, o homem, com um esforço convulsivo, arrancou o emplastro que lhe paralisava os lábios e gritou: Sofia! Sofia! E precipitou-se para os braços da mulher. No entanto, o seu abraço durou apenas um instante, pois o mais novo agarrou na mulher e arrastou-a para fora do aposento, enquanto o mais velho subjugava facilmente a vítima macilenta, arrastando-a por outra porta. Por momentos, eu teria podido, de certo modo, conseguir um indício da casa onde me encontrava. Mas não dei um passo sequer porque, olhando para cima, vi que o mais velho permanecia de pé no vão da porta, com os olhos fixos em mim.
«- Já chega, Sr. Melas!» - disse. «- O senhor compreende que o consultámos para um negócio muito especial. Não o teríamos incomodado se um nosso amigo que fala grego e que começou estas negociações não tivesse sido forçado a regressar ao Oriente. Era absolutamente necessário descobrir alguém que tomasse o seu lugar e, por isso, ficámos satisfeitos quando ouvimos falar das suas qualidades.»
»Eu fiz-lhe uma vénia.
«- Aqui tem cinco soberanos» - disse-me. «- Penso que é suficiente. Mas lembre-se» - acrescentou, batendo-me ao de leve no peito e rindo à socapa - «de que se falar disto a alguém... a uma só alma que seja.