O Tratado Naval O mês de Julho imediatamente a seguir ao meu casamento tornou-se memorável por três casos de interesse, nos quais tive o privilégio de me associar a Sherlock Holmes e ao estudo dos seus métodos. Encontrei-os registados nas minhas notas sob seguintes títulos: A Aventura da Segunda Mancha, O Tratado Naval e A Aventura do Capitão Cansado. A primeira dessas histórias, porém, trata de interesses tão importantes e implica tantas das principais famílias do reino que a sua publicação será impossível durante muitos anos. Não obstante, nenhum outro caso tratado por Sherlock Holmes tem ilustrado tão eloquentemente o valor dos seus métodos analíticos ou impressionado tão fortemente os que com ele se associaram. Conservo ainda na memória, quase palavra por palavra, uma entrevista em que ele esclareceu os verdadeiros factos do caso a Monsieur Dubuque, da polícia de Paris, e a Fritz von Waldbaum, o célebre especialista de Dantzig, que tinham gasto as suas energias no que veio a demonstrar-se ser apenas um resultado parcial. Mas, quando se puder contar a história em segurança, já certamente terá chegado o novo século. Enquanto isso, passo à segunda história da minha lista, a qual também se revelou de extrema importância, vindo a ficar marcada por diversos incidentes que lhe dão um carácter inteiramente único.
Durante o meu tempo de escola, tive como amigo íntimo um rapaz chamado Percy Phelps, quase da mesma idade que eu, embora estivesse dois anos mais adiantado. Era um rapaz brilhante e alcançou todos os prémios que a escola tinha para oferecer, coroando as suas façanhas ao ganhar uma bolsa de estudo que lhe permitiu continuar em Cambridge a sua série de triunfos.