O Vale do Terror - Cap. 2: Capítulo 2 – Sherlock Holmes Discorre Pág. 18 / 172

Mas, seja qual for, se à houver, uma terceira combinação, é em Birlstone que devemos procurar a solução do problema, Conheço o homem demasiado bem para supor que tenha deixado aqui qualquer indício que nos permita desmascará-lo.

- Então é a Birlstone que devemos Ir! - exclamou Mac Donald, erguendo-se de um salto. - Co'os diabos! É mais tarde do que pensava. Dou-lhes apenas cinco minutos para se prepararem; nem mais um instante.

- É mais do que suficiente - disse Holmes, levantando-se rapidamente e apressando-se a trocar o roupão pelo casaco. - Peço-lhe o obséquio, Mac, de, durante o caminho, nos contar tudo o que sabe acerca deste caso .

Tudo o que o inspector sabia do caso provou ser desanimadoramente escasso mas, mesmo assim, era o bastante para convencer-nos de que o problema bem podia ser merecedor da atenção de Holmes. O seu rosto iluminou-se, e esfregou as mãos ao ouvir os pormenores.

Acabávamos de passar uma longa série de semanas estéreis e, finalmente, aparecia um assunto digno dias faculdades admiráveis de Sherlock Holmes que, curvado sobre o banco da frente do vagão, ouvia atentamente a breve exposição de Mac Donald; O problema que nos aguardava em Sussex baseava-se num bilhete, escrito à pressa, que lhe fora enviado pelo comboio, às primeiras horas da madrugada. White Mason, agente da Polícia local, era seu amigo pessoal e daí o facto de ter sido avisado com muito mais prontidão do que é hábito na Scotland Yard, quando um funcionário da província necessita da Polícia Central. Nesses casos, o agente metropolitano, geralmente, tem de haver-se com a falta quase absoluta de uma pista.

Do bilhete constava:

Caro Inspector Mac Donald:

A requisição oficial dos seus serviços encontra-se em sobrescrito separado.





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