E olhos, que desvairados a contemplam,
Parecem perguntar-lhe: - «Flor de morte,
Em que pálida frente hás tu pousado?»
Quem lhe há-de responder? Em breve a loisa
Se fechará, - como os ferrados cofres
Do avaro, onde nem lágrimas de aflitos,
Nem suspiros de tristes lhes aventam
Luz de esperança mínima. - Segui-lo,
Antes que o cerre a campa, esse ataúde
Em que talvez... Oh bárbara incerteza,
Terrível, cruelíssima! E terrível
A verdade será... Mas antes ela.
Corre ao sítio onde viu encaminhar-se
O funeral; o som das vozes segue,
Entra a capela escura. - Escuro é tudo;
Nem uma luz, nem um vivente. O baço,
Triste clarão da lâmpada que ardia
Longe no mor altar, só lá reflecte
Tanto de claridade quanto as trevas
Desse recinto fúnebre amostrasse.