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Capítulo 2: CANTO SEGUNDO

Página 38

XI

Foi sonho quanto viu! visão fantástica

Toda a funérea pompa, o canto, o féretro

E essa fatal grinalda!... Ei-la, na destra

Segura ainda a tem. - Escuta: uns ecos

Soterrâneos - como hinos de finados

Por noute aziaga em cemitérios, se ouvem.

Inclina atento a orelha; um passo avante...

Tropeça... Em quê? - Numa revolta loisa.

Aberta está a porta do sepulcro.

Um ténue bruxelear de luz descobre

Na profundez do abismo; os degraus últimos

De húmida escada vê: descerá? - Desce:

Na estância entrou das gerações extintas.

XII

Terra esquecida aí jaz, aí moram cinzas

Por que em vão falam epitáfios, letras.

Sobre a face da terra que deixaste?

Que feitos de virtude ou de heroísmo

Tua passagem nela assinalaram?

Nenhum? Inteiro ao túmulo desceste,

Traga-te o olvido todo.

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pág. 38 (Capítulo 2)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 38

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161