Leva-to além das passadoras eras
Do bordo misterioso o eterno canto,
A harpa sublime agora pendurada
Nos louros do Pamiso, - onde um suspiro
De morte lhe quebrou a extrema corda
Que Eleutéria divina lhe afinara -
Do cantor que no alento derradeiro
Ouviram as cidades contendoras
Pelo berço d’Homero, em canção última
De moribundo cisne, o brado ingente
Alçar da glória aos filhos acordados
De Leónidas que dorme... Não, não dorme;
Vela, co escudo e lança em torno roda
Da arvorezinha tenra que plantaram
Lanças dos bravos. Lanças mil a ameaçam:
Resistirá? - ou do consórcio adúltero,
Ímpia liga da Cruz e do Crescente,
Nascerá monstro que a devore, a trague,
E a queimada raiz lhe exponha ao vento
Da atra ambição dos reis? - Morrei ao menos,
Filhos d’Heleno, perecei com ela.