.. Onde não gira
Meu sangue - e o sangue quão diverso corre!
Peitos achei sacrários de amizade,
Corações de anjos...
XIII
Sintra, amena estância,
Tronco da vicejante primavera,
Quem te não ama? Quem, se em teu regaço
Uma hora da vida lhe há corrido,
Essa hora esquecerá? Teu nome soa
Eterno já nos hinos enramados
De imorredouras flores. - Impotente
Aí quebra a fúria do fremente oceano
A raiz de teu firme promontório...
Mas que infrenes um dia as altas águas
Soltas da voz que disse ao mar: Suspende-te
Teu limite é aí - galgá-lo ousassem,
E levar os delfins enamorados
Folgar nos sítios em que geme a rola,
E filomela modelou queixumes,
Suavíssimo encanto da espessura;
Mas que prodígio tal novos trouxessem
Os séculos de Pirra, - inda o teu nome
Não o esquecera transmudado o mundo.