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Capítulo 5: CANTO QUINTO

Página 95
.. Onde não gira

Meu sangue - e o sangue quão diverso corre!

Peitos achei sacrários de amizade,

Corações de anjos...

XIII

Sintra, amena estância,

Tronco da vicejante primavera,

Quem te não ama? Quem, se em teu regaço

Uma hora da vida lhe há corrido,

Essa hora esquecerá? Teu nome soa

Eterno já nos hinos enramados

De imorredouras flores. - Impotente

Aí quebra a fúria do fremente oceano

A raiz de teu firme promontório...

Mas que infrenes um dia as altas águas

Soltas da voz que disse ao mar: Suspende-te

Teu limite é aí - galgá-lo ousassem,

E levar os delfins enamorados

Folgar nos sítios em que geme a rola,

E filomela modelou queixumes,

Suavíssimo encanto da espessura;

Mas que prodígio tal novos trouxessem

Os séculos de Pirra, - inda o teu nome

Não o esquecera transmudado o mundo.

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pág. 95 (Capítulo 5)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 95

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161