O Vale do Terror - Cap. 4: Capítulo 4 – A Treva Pág. 32 / 172

- Verdadeiramente extraordinário! Não me lembro de outro caso mais singular.

- Tinha a certeza de que o senhor ia dizer isso, Mr. Holmes - afirmou White Mason com grande satisfação. - Aqui em Sussex acompanhamos o progresso! Agora já o pus a par da situação até ao momento em que o caso me foi entregue pelo sargento Wilson, entre as três e as quatro horas da manhã.

»Obriguei a minha velha égua a galopar, mas não tinha necessidade de apressar-me tanto pois, para já, nada há a fazer. O sargento Wilson já tinha recolhido todos os dados. Li-os, verifiquei-os e estudei-os, adicionando alguns, de minha lavra.

- Que dados? - perguntou Holmes, ansioso.

- Bem, examinei o martelo, com a ajuda do Dr. Wood. Não lhe encontrámos vestígios de sangue. Tinha a esperança de que, na hipótese de Mr. Douglas se ter defendido com o martelo, pudesse ter atingido o criminoso, antes de deixá-lo cair no tapete.

- O que não prova absolutamente nada - observou o inspector Mac Donald. - Quantos crimes foram praticados com um martelo, sem que este apresentasse vestígio algum!

- Perfeitamente. E isso não justifica que não tenha sido usado. De facto, não encontra mos nada. Em seguida, examinei a espingarda. Os cartuchos eram de chumbo grosso e, como o sargento Wilson assinalou, os dois gatilhos tinham sido ligados por um arame, de modo que as duas cargas fossem disparadas simultaneamente. Quem fez isto estava resolvido a evitar o risco de errar o alvo. A arma, com os canos serrados, não tinha mais de quarenta centímetros de comprimento e podia ser facilmente transportada por baixo do casaco. Não trazia o nome completo do fabricante; apenas as letras PEN na junção dos dois canos, tendo ficado o restante do nome na parte serrada,

- Um P grande, com um floreado em cima, o E e o N menores? - inquiriu Holmes.





Os capítulos deste livro