Mezêncio ergueu os olhos para ele, ainda altivo, apesar de estar à mercê do
inimigo, e retrucou:
— Inimigo cruel, porque me insultas e me ameaças com a morte? Nela não há
nenhum crime. Não vim dar-te combate sem nela pensar, nem foi essa a atitude de Lauso quando me salvou. Só uma coisa te peço, se algum favor concedes ao
adversário derrotado: permite que o meu corpo seja coberto com alguns punhados
de terra. Sei que dos meus não posso esperar compaixão, mas sim ódio implacável.
Sustém, eu te peço, a ânsia de vingança e concede que a meu filho faça companhia
no sepulcro.
Quando terminou, recebeu a ponta da espada na garganta e, no mesmo momento,
expirou.