Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 6: CANTO SEXTO

Página 103

E em virtudes e letras ilustrados

Cavalheiros da corte. Não se atreve,

Conquanto o desejara, o rei mancebo

A afastar de seu lado este severo

Amigo, que as verdades lhe não doira,

Nem de lisonja vil empana o lustre

Que em suas rectas palavras pôs justiça.

Erros fatais, iníquos procederes,

Feios labéus de púrpura - oh! e quantos

Tem prevenido o velho! Quantas vezes

Diante dessa honrada singeleza

Tem recuado a intriga, - e despeitosa

Curvado a prepotência a cerviz dura!

Os validos, que o temem, que o detestam,

Arteiramente vão minando surdos

O favor do monarca mal experto:

Mas não puderam inda. Pura, ingénua

Como a do homem de bem, era de Aleixo

A religião sincera, detestava

A hipocrisia, o orgulho dos ministros

De um Deus todo amor, todo humildade,

Que, sem comentadores, lhe mostravam

O Evangelho e a razão.

<< Página Anterior

pág. 103 (Capítulo 6)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 103

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161