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Capítulo 7: CANTO SÉTIMO

Página 113

Não vi quadrigas de vistosas justas

Nas praças d’armas à lançada viva

Disputar-se o colar de ouro maciço

Prémio do vencedor, por mãos bem lindas

Ao peito inda sanguento pendurado.

III

Nada!... Só pelos fossos entupidos

Do desfolhar do outono, e bronco entulho

Dos muros derrocados, - soltas pedras

E imunda terra à vista afiguravam

Insepultos cadáveres, golpeados

Membros, inda cobertos d’aço e ferro,

Dos que em contenda injusta pereceram

Pelo vaidoso orgulho ou vão capricho

Do castelão soberbo. Nas ameias

Se me antolhavam hórridas cabeças

Hirta a grenha, coas carnes laceradas

Do corvo - certo amigo dos tiranos,

Que regalado o trazem. Tristes vítimas!

Mais crime não teriam que a vontade

Do imperioso senhor que a seus vassalos

Vilões de sua terra - seus como ela -

Quis do poder que tem mostrar a alçada.

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pág. 113 (Capítulo 7)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 113

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161