Qual em Delfos
Devotos peregrinos, quando os quícios
Do misterioso limiar se movem,
E o oráculo - terrível ou propício?
- Vai por obscuros carmes explicar-se.
VIII
É dom Aleixo: no tropel confuso,
Que se apinha d’em torno, alguém procura.
Quem será o invejado aventuroso?
O aio real aos dous desconhecidos
Cordial saúda; e conversando juntos
Poucos momentos, - eis dão os porteiros
O devido sinal, menestréis tangem;
El-rei chega, no trono toma assento.
Breve a audiência foi; não sobra o tempo
Para as santas funções de magistrado
A militares reis: às armas cede
A toga mal prezada. - Audiência é finda.
IX
E el-rei, como inquieto, ao aio antigo:
- «Dom Aleixo, entre tantos pretendentes
O vosso protegido não no vejo.»
- Ei-lo, senhor, o nobre cavaleiro
Que desejais ouvir.