Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 8: CANTO OITAVO

Página 136

IX

Tenro inocente

Vestiu manto real o quinto Afonso:

Nas virtudes de Pedro achou tutela

Sua idade inexperta. Ingrato e feio

Caso, digno das torres de Bizâncio,

Viram de Alfarrobeira infames plainos

Roxos do sangue das civis discórdias.

Toda a tua glória, vitorioso Afonso,

Esse apelido insigne que hás tomado

Ao destruidor da desleal Cartago,

Nódoa tão negra à fama te não lavam.

Teu nome, e o de teus pérfidos validos,

Todo o bom português detesta. - Esconde,

Esconde, Afonso, a púrpura sanguenta

Traz a glória imortal que resplandece

D’em torno ao filho teu. Se há i rei justo

Rei cidadão, monarca magistrado,

Rei que obedeça à lei, que a guarde ao povo,

Que o ceptro, vara augusta de justiça,

Equilibre entre grandes e pequenas,

Puna opressores,

<< Página Anterior

pág. 136 (Capítulo 8)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 136

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161