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Capítulo 9: CANTO NONO

Página 157

Mas continuou depois:

- «Forçais-me, conde,

Mais que a admirar-vos: o ódio que me tendes,

Generoso rival, não me é possível

Abrir-lhe o peito, não. Odiai-me embora,

Que vos amarei eu, mau grado vosso.

O retrato... Oh! jamais não será dito

Que em pontos de honra e generoso brio

Fique Luís de Camões de outrem vencido.

Guardai-o vós, senhor, guardai-o: é vosso:

A um inimigo tal amor o cede.»

XV

Suspensos, mudos ambos se entr’olhavam

Os dous rivais briosos que alta prova

Assim do nobre peito heróica davam

Em magnânimo duelo de virtude.

No rosto ao conde as rugas se alisavam

Que ciosos rancores lhe frangeram;

E bem se via que os jurados ódios

Ao generoso feito se rendiam.

Lutaram todavia; mas vitória

Em peito bem nascido há sempre o brio.

- «Venceste, cavaleiro; as armas ponho.

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pág. 157 (Capítulo 9)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 157

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161