Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 1: CANTO PRIMEIRO

Página 16
.. Aqui amigos,

Cristãos, mercê de Deus, somos nós todos

Quantos somos aqui. E ao céu não praza

Que um cavaleiro português arranque

Contra seu natural armas de sangue.

Perdoai as lhanezas de um soldado

Que cercos também viu, e jogou lanças

Com mouros e gentios: - neste velho

Corpo nem sempre andou burel de monge;

Malha também vestiu... - mas uma espada

Ou na batalha em mãos de cavaleiros,

Ou fora dela a rufiões só cabe».

- «Tão covarde não sou que a tal contrário...»

Balbuciou, serenando o cavaleiro:

«Mas» - e de novo a voz se lhe animava,

«Mas o meu Jau fiel, o meu amigo,

Único amigo!»

- «Honra-vos dizê-lo,

Honra-vos, cavaleiro» torna o velho,

«Que andrajos e pobreza vos não pejam,

E ousais chamar amigo ao desgraçado.

Mas, filho... mas, senhor, não há bom feito

Que justifique um mau.

<< Página Anterior

pág. 16 (Capítulo 1)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 16

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161