O amigo ausente, a solitária amante,
O pai longe, o filhinho em terra estranha,
Imagens são que do vapor das terras
Amigas fadas no crepusc’lo formam.
E ante os olhos volteiam d’alma absorta
N’hora sagrada ao génio da saudade.
Oh! serei eu nos sonhos do sepulcro,
Entre o nada das cinzas, - quando a noute,
Qualquer que seja o ângulo do mundo
Em que meus pés se poisem, me não traga
Lembranças dos momentos deliciosos
Que, nesse intercalar de dia e noite,
Da nebulosa Álbion gozei nos campos,
Quando no berço teu, bardo sublime,
Inimitável, único, espraiava
Por infindas planícies d’alvo gelo
Os desleixados olhos, e topava,
Ao cabo lá da vastidão, coas cimas
Das elevadas grimpas que se aguçam
Sobre as arcadas símplices do templo,
Entre as choupanas da vizinha aldeia;
E se me afigurava à mente alheada
Ouvir o canto fúnebre das harpas
Que da sensível Julieta ao túmulo
As nénias acompanham.