E sufocado ao coração reflecte.
Aguda foi a dor, acerbo o espinho
Que esse ai lhe pungiu d’alma. - Quem soubera
Os mistérios desse ai! Quem revelara
Os segredos do incógnito guerreiro!
Consome-o acaso a eiva da doença?
De mal vingada afronta a injúria o rala?
Injustiças dos homens o perseguem?
Ou são penas de amor? - Silêncio! deixa
Ao coração do triste o seu segredo.
Espreitar indif’rente os pensamentos
Que os lábios do infeliz fecham no peito,
Curiosidade é vã, mal generosa
E de ânimo insensível: não exijas,
Se o podes consolar, preço tão duro
Por teus confortos. Pouco vale a destra
Que não enxuga as lágrimas do aflito,
Sem lhe rasgar primeiro os seios d’alma
Para Ilhe esquadrinhar do pranto a causa.
XIX
O escaler abicou na praia amiga;
E a suspirada terra enfim pisaram
Os desafeitos pés.