Ecoa o templo
Coas tremedoras notas desses hinos
Que, na solene entrada do sepulcro,
Terrível canta a igreja, - quase um eco
Da profundez do abismo, que reflecte
Pavoroso na terra. - A ponto entravam
Os viajantes no templo quando o coro:
- «Tédio da vida concebeu minha alma;
E é força que desate a própria língua
Contra mim mesmo, - e desabafe o peito
A amargura falando de minha alma.»
«Direi a Deus: não me condenes, ouve-me.
Porque assim me julgaste? Acaso é digno
De ti caluniares-me, avexar-me,
A mim que sou das tuas mãos feitura?»
«São teus olhos de carne como os d’homem?
Como eles vês e julgas? - Porque ao dia,
Do cárcere materno, me hás trazido?
Oxalá que eu não visto perecera
De olho nenhum vivente, e houvera sido
Como se nunca fosse, - trasladado
Do