Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 3: CANTO TERCEIRO

Página 58

- Nem sempre; mas tão pouco de virtude

Basta num rei para esquecer-lhe os crimes!

XIX

«Aberta em par do templo estava a porta;

Entrei. Naquelas pedras animadas

Por cinzel primoroso se pasciam

Meus olhos admirados: as erguidas

Colunas, as abóbadas altivas,

As palmas, as cordagens enlaçadas,

E o sinal santo que as remata e une,

E que por toda a parte está marcando

As vitórias do Lenho triunfante,

O vexilo da glória portuguesa,

Nunca, nunca tão alto me clamaram

Que sós sem Deus, sós pelo esforço humano

Não fariam jamais os portugueses

O que hão feito no mundo... Dei co túmulo

De custoso lavor que aí resguarda

As cinzas do monarca afortunado.

Afortunado em vida; - a morte, fecha-lhe

Selo do Eterno os lábios descarnados:

São segredos de Deus os do sepulcro.

<< Página Anterior

pág. 58 (Capítulo 3)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 58

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161