Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 4: CANTO QUARTO

Página 82

Talvez em longes eras meditasse

Solitário discip’lo de Confúcio

Nessa caverna as eternais verdades

Do grande Tien, do deus da Natureza,

Que ao Sócrates da China se amostrara

Mais temporão, se lhes não mentem crónicas,

Que ao amante de Fédon. - Vem quebrar-se

Perto o mar, que se espraia longo e longo,

Té se perder no extremo do horizonte.

Ali de soledade amarga e doce

Esquecidas passei horas ditosas:

Ditosas - se jamais fio d’areia

Na voadora ampulheta me há corrido

Horas que tais se chamem. - Nesse poiso

De suave tristeza me acudiam

À memória as lembranças do passado,

Magoadas coas ideias do presente,

De envolta com receios do futuro;

E acaso de esperança verdejava

Leve folha dos ventos assoprada.

XV

«Pátria, oh pátria! - dizia - é pois um sonho

Essa visão, que por celeste a tive?

Teu nome eternizar, dar brado à fama,

Que de ti digno, digno de Natércia

As gerações pasmadas me aclamassem!.

<< Página Anterior

pág. 82 (Capítulo 4)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 82

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161