cortei queridos nomes
D’amizade e d’amor, não hei-de um dia
Perguntar-vos por eles? Soletrando
Não irei pelas árvores crescidas
Os caracteres que, em tenrinhas plantas,
Pelas verdes cortiças lh’entalhara?
Oh! se inda eu vos verei! se os robres duros,
Se me guardam fiéis os seixos vivos
O humilde nome do esquecido vate
Que em dias de prazer - tão breves foram!
Dias de glória, ternas mãos gravaram!
XII
Há corações ainda que o conservam
Esse ignorado, - mal sabido nome.
Oh! sim que os há! Salvai, salvai, ó musas,
De meus escuros versos estas linhas,
Não para a glória - sonho vão de néscios!
Mas em memória, doce de guardar-se
Nalgum sensível peito. - Onde não gira
Meu sangue... - E o sangue quão diverso corre
Por veias que esquecidas não palpitam,
Desleais! coa memória, mas que rara,
Do infeliz, cujo seio enfraquecido
Sangue, como esse, alenta.