Ali chegado, envia ordens às outras legiões e concentra-as todas num único ponto, antes que os Arvernos possam ter notícias da sua chegada. Assim que Vercingétorix é avisado, de novo reconduz o seu exército para os Bitúriges, depois, renunciando ao seu território por Gorgóbina, cidade dos Bóios, que César ali estabelecera depois de os ter vencido na batalha contra os Helvécios, e que colocara sob a autoridade dos Éduos, decide cercá-la.
X - Esta empresa punha César em grande embaraço: se, durante o resto do Inverno (137), mantivesse as suas legiões nos quartéis, temia que a sujeição de um Estado tributário dos Éduos originasse a defecção de toda a Gália, porque ela veria que os seus amigos não podiam 'contar com o seu apoio; se as fizesse sair dos seus quartéis de Inverno demasiado cedo, receava que a dificuldade dos transportes prejudicasse o abastecimento. No entanto acreditou que mais valia tudo suportar do que afastar de si, recebendo tal afronta, as boas disposições de todos os seus amigos. Assim compromete os Éduos a mandarem-lhe víveres e envia à sua frente uma deputação anunciando aos Bóios a sua chegada, para os exortar a continuarem fiéis e a sustentarem valentemente o ataque dos inimigos. Deixando em Agedinco duas legiões e as bagagens de todo o exército, parte para o país dos Bóios.
XI - No segundo dia, tendo chegado a Velaunoduno, cidade dos Sénones, e não querendo deixar atrás de si inimigos que incomodassem o seu reabastecimento, resolveu fazer o cerco e terminou a circunvalação em dois dias; ao terceiro dia, a praça envia deputados para a rendição; dá ordem para depor as armas, trazer cavalos e entregar-lhe seiscentos reféns. Deixa, para concluir o assunto, Caio Trebónio seu lugar-tenente, e parte, a fim de ir tão depressa quanto possível, a Génabo dos Carnutes.