Os Helvécios, que o seguiam com todos os seus carros, reuniram num só local as suas bagagens e, depois de terem repelido a nossa cavalaria graças aos seus batalhões cerrados, formaram a falange e aproximaram-se da nossa primeira linha.
XXV - César, mandando embora e pondo fora de vista primeiro o seu cavalo depois os de todos os oficiais, a fim de que o perigo fosse igual para todos e a esperança de fugir impossível, exortou os seus e travou o combate. Os nossos soldados lançando de cima os seus dardos, facilmente romperam a falange dos inimigos. Os Gauleses viam-se embaraçados para combater: muitos dos seus escudos estavam atravessados e pregados juntos pelos dardos que os tinham atingido de uma só vez; o ferro encurvara-se; não podiam arrancá-lo nem, com o braço esquerdo estorvado, combater comoda-mente; muitos, depois de durante muito tempo terem sacudido o braço, preferiram largar os escudos e combater a descoberto. Finalmente, cheios de ferimentos, começaram a recuar e a retirar para a montanha (26) cerca de mil passos. Apoderaram-se da montanha e seguiam-nos os nossos, quando os Bóias e os Tulingos que, em número de uns quinze mil, fechavam a marcha e formavam a retaguarda do inimigo, nos apanharam pelo flanco e nos envolveram. À vista disto, os Helvécios, que tinham recuado para a montanha, puseram-se a contra-atacar e a retomar o combate. Os Romanos, voltando as suas insígnias, fizeram frente dos dois lados: opõem a sua primeira e a sua segunda linha aos que tinham sido batidos e forçados a recuar, e a terceira aos novos assaltantes.
XXVI - Esta dupla batalha foi longa e encarniçada. Quando não puderam suportar por mais tempo os nossos assaltos, uns recuaram para a montanha, como já o tinham feito da primeira vez, os outros dirigiram-se para o lado das suas bagagens e dos seus carros.