Capítulo 6: Considerações intempestivas
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.. A resposta veio de todos os lados, e não só dos velhos amigos de David Strauss, metido por mim a ridículo como o tipo do «suficiente» e do filisteu da cultura alemã em suma como autor de um Evangelho de cervejaria, o Evangelho da Velha e Nova Fé (a palavra «filisteu da cultura» passou de meu livro para a linguagem comum). Aqueles velhos amigos, aos quais na qualidade de wurtemburgueses e suábios eu desferira profundo golpe, ao descobrirem o lado cómico do seu prodígio, do seu Strauss, responderam de modo tão honesto e grosseiro como eu poderia desejar; as respostas prussianas foram mais hábeis - tinham mais «azul da Prússia». O mais inconveniente exprimiu-o um periódico de Leipzig, as célebres Grenzboten; foi-me difícil conter os de Basileia e impedi-los de certas atitudes. Das pessoas importantes, só então algumas se declararam a meu favor por motivos complexos e em parte inexplicáveis. Entre eles, Evaildo de Gotinga, que deu a entender que o meu ataque tivera para Strauss efeitos mortais. Assim também o velho hegeliano Bruno Bauer, em quem tive desde aí um dos meus mais atentos leitores. Gostava, nos seus últimos anos de me recomendar a outros; por exemplo, ao senhor Treitschke, o historiador prussiano, ao qual sugeria junto de quem poderia informar-me sobre o para ele perdido conceito de cultura. As coisas mais notáveis e ainda mais amplas sobre aquele escrito e seu autor foram ditas por um antigo discípulo do filósofo Baader, o professor Hoffman de Wusburgo. Prognosticou-me, a partir de tal escrito, um grande futuro: o de provocar uma espécie de crise e a resolução definitiva do problema do ateísmo; adivinhou em mim o tipo mais instintivo e mais isento de respeitos humanos naquele problema. Viu ter sido o ateísmo que me levara a Schopenhauer.
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