Todas as perturbações doentias do intelecto e até aquela espécie de torpor que é, consequência da febre; permaneceram até agora completamente estranhas e o meu saber, e sobre sua natureza e graus toda a informação que tenho proveio dó estudo. O meu sangue corre lentamente. Ninguém pôde nunca verificar febre em mim. Um médico que me tratou muito tempo como doente dos nervos, acabou por me dizer: «Não! Nada há nos seus nervos; eu é que sou nevropata». Há em mim, sem dúvida, e sem que seja possível situá-la, qualquer degenerescência local; não tenho enfermidade alguma do estômago com o carácter de lesão orgânica, embora como consequência do esgotamento geral o meu sistema gástrico tenha enfraquecido profundamente. A própria doença dos olhos, que por vezes se aproxima perigosamente da cegueira, é só efeito, não causa; de tal modo, que quando a minha energia vital aumenta, aumenta de novo o meu poder visual.
Uma larga, muito larga série de anos significa para mim a cura; mas significa também, infelizmente, recaída, decadência, decadência periódica e inevitável.