- Ah'Ahl, Mr. Moir, foi bem apanhado! - gritou o francês. - Mas o controlo tem perfeitamente razão.
- É uma religião e não um jogo - declarou a voz fria e dura.
- Exactamente. Professo a mesma opinião!- exclamou Moir. - Arrependo-me muito por ter feito uma tal pergunta. Não quer dizer-me quem é?
- Que lhe interessa?
- Há muito tempo que é um espírito?
-Sim.
- Há quanto tempo?
- Nós não calculamos o tempo como os senhores. As nossa condições de vida são diferentes.
- Sente-se feliz?
- Sim.
- Não desejaria voltar à terra?
- Não. Certamente que não!
- Anda muito ocupado?
- Não poderíamos ser felizes se não andássemos muito ocupados.
- O que faz?
- Disse que as nossas condições eram completamente diferentes.
- Pode dar-nos uma ideia do seu trabalho?
- Trabalhamos para o nosso próprio progresso e para o engrandecimento dos outros.
- Gosta de estar aqui esta noite?
- Sinto-me feliz por ter vindo, se a minha vinda pode fazer bem.
- Portanto, fazer bem é o seu objectivo?
- É o objectivo da vida em todos os planos.
- Aqui tem Markham, o que responde aos seus escrúpulos.
Efectivamente. As minhas dúvidas tinham desaparecido; estava prodigiosamente interessado.
- Conhece sofrimentos na sua vida? - perguntei.
- Não. O sofrimento é uma coisa do corpo.
- Sofre de dores mentais?
- Sim. Podemos estar tristes ou ansiosos.
- Encontra os amigos que deixou na terra?
- Alguns.
- Porquê apenas alguns?
- Apenas os que são simpáticos.
- Os maridos encontram as mulheres?
- Aqueles que amaram realmente.
- E os outros?
- Não são nada um para o outro.
- Existe um laço espiritual?
- Claro que sim!
- O que nós fazemos está bem?
- Se o fizerem com bom espírito.