As suas maneiras e linguagem, e também a maneira hábil como dominava um adversário numa rixa, conquistaram o respeito daquela rude comunidade. Um novo incidente viria, agora, elevá-lo mais, no conceito geral.
Certa noite, precisamente na hora de maior movimento, entrou no salão um homem, envergando o discreto uniforme azul e capacete da Polícia do Carvão e do Ferro.
Esta corporação especial era subvencionada pelos proprietários das linhas de caminho-de-ferro particulares e destinava-se não só a vigiá-las, mas também a auxiliar a Polícia oficial que se reconhecia impotente perante o banditismo organizado que assolava a região.
A entrada do polícia foi acentuada com um demorado silêncio, mas, nos Estados Unidos, as relações entre «chuis» e criminosos são características e o próprio Mac Ginty, atrás do balcão, não manifestou a menor surpresa quando o recém-chegado se reuniu aos outros clientes.
- Um uísque puro - encomendou o polícia, - pois a noite está gelada! Creio que ainda não nos conhecemos, Conselheiro...
- Você é o novo chefe, nomeado para esta região?
- Precisamente. Contamos consigo, Conselheiro, e com outros cidadãos influentes, para nos ajudarem a manter a ordem e a lei nesta cidade.
- Estamos habituados a agir directamente sem a intervenção da Polícia – respondeu aquele, friamente.
- Sou o capitão Marvin, da Polícia do Carvão e do Ferro - apresentou-se o novo chefe -,e a minha obrigação...
- Temos a nossa própria Polícia, capitão Marvin - cortou Mac Ginty. - e não necessitamos de nenhuns outros importados», pagos pelos capitalistas para perseguirem à cacetada e aos tiros os nossos concidadãos mais pobres.
- Então, Conselheiro! Deixemo-nos de discussões - respondeu o polícia, bem humorado.