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- Nunca trairei quem deposita confiança em mim - cortou Mac Murdo. - Mas isso não significa que tenha concordado com aquela sua opinião.
- Bem sei..; como sei que posso desabafar consigo. Tenho um segredo que me devora o peito! Preferia que outro qualquer estivesse a par dele, em vez de mim, pois, se o revelar, a minha informação provocará um homicídio e, se calar este segredo, talvez seja o fim de todos nós.
Mac Murdo notou que Morris tremia dós pés à cabeça. Serviu-lhe um trago de whisky e animou:
- Isto costuma dar coragem aos tipos da sua espécie. Desabafe lá.
Morris bebeu e o rosto afogueou-se-lhe. Depois sussurrou, como se receasse que o ouvissem:
- Sei que anda um polícia na nossa pista.
Mac Murdo fitou-o, estupefacto.
- Você não está bom da cabeça! Todos sabemos que isto está cheio de polícias e que, até à data, nada puderam fazer contra nós.
- Mas não se trata, de nenhum desta zona. Já ouviu falar dos homens da «Agência de Investigações Pinkerton»?
- Sim. Já li qualquer coisa a esse respeito. São detectives particulares.
- Mas trabalham com a Polícia e levam os seus inquéritos a sério. Não são para brincadeiras e, se um agente deles começa a investigar as nossas actividades... estamos todos perdidos, pois podem intervir os «Federais».
- Nesse caso, temos de o descobrir e eliminá-lo.
- Pois! Era isso que eu receava. Se transmite a informação à Loja, lá teremos novo assassínio.
- E isso que tem? Já não é coisa trivial, por estas bandas?
-Sim, mas não quero ser eu a denunciar o homem à Loja. Seria mais um terrível peso na minha consciência.
- Mas, se começou por dizer que as nossas cabeças estavam em perigo.