O Vale do Terror - Cap. 13: Capítulo 6 – Perigo Pág. 151 / 172

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- Pois disse... e não sei o que devo fazer!

Mac Murdo, vendo-o indeciso, sacudiu-o pelos ombros:

- Resolva-se homem. De nada lhe vale estar para aqui a lastimar-se. Relate os factos. Quem é esse tipo? Onde se encontra? Como soube da sua existência? Por que motivo veio procurar-me, a mim?

- Porque o considero a única pessoa capaz de me aconselhar. Como lhe disse em tempos, possuí uma pequena casa comercial no Leste, antes de vir para aqui. Deixei lá bons amigos e um deles trabalha nos serviços de telégrafo. Está sempre a par de grandes e pequenas notícias e... Bem, ontem recebi uma carta dele. Aqui a tem, leia esse trecho, logo no início dessa página.

Mac Murdo pegou no papel e leu:

«Como vão os Vingadores, por aí? Temos lido muita coisa a seu respeito nos jornais, mas também gostaria de ter notícias suas sobre o mesmo assunto.

Sei que cinco companhias mineiras e ferroviárias já encararam seriamente o caso. Resolveram pôr fim a essa organização criminosa e pode crer que o conseguirão. Vão envidar todos os seus esforços e capitais nesse sentido. Contrataram os serviços da “Agência Pinkerton” e o melhor agente desta organização, Birdy Edwards, já entrou em acção...»

- Já agora, Mac Murdo, leia o post-scriptum:

«Evidentemente, esta minha Informação é confidencial, pois tomei conhecimento dela no desempenho da minha actividade profissional. Há um grande número de telegramas cifrados com que temos de lidar quotidianamente, muitos dos quais nada nos dizem, pois ignoramos a chave criptográfica. Outros, porém, já fazem sentido, porque estamos a par da cifra. Foi este o caso...»

Mac Murdo manteve-se calado, por alguns segundos, com a carta nas mãos.





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