O Vale do Terror - Cap. 13: Capítulo 6 – Perigo Pág. 155 / 172

- Um pedido de urgência tem sempre prioridade, segundo as leis da Loja. Queira expô-lo, Irmão Mac Murdo.

Este tirou a carta da algibeira e informou:

- Venerável Chefe, caros Irmãos: sou hoje portador de más novas. Contudo, convém que todos as conheçam e as discutam antes de sermos destruídos. Afirmo-lhes que uma séria ameaça impende sobre as nossas cabeças.

»Fui informado de que as mais poderosas empresas deste Estado se reuniram para liquidar-nos e já enviaram um agente da «Pinkerton», um tal Birdy Edwards, para reunir provas, entre a população, capazes de levar alguns de nós à forca. Outros não escaparão à prisão... Talvez todos, se não tomarmos as devidas precauções.

O silêncio que se seguiu a estas declarações foi quebrado por Mac Ginty, que inquiriu:

- Que provas tem do que afirma, Irmão Mac Murdo?

- As que constam desta carta que me veio parar às mãos.

E o jovem leu o trecho que interessava, em voz alta. Perante a estupefacção geral, Mac Murdo acrescentou:

- Por uma questão de honra, não posso fornecer outros pormenores acerca desta certa. Consegui-a sob palavra de honra e um Homem Livre nunca pode faltar a ela, desde que não constitua prejuízo para a Loja. Este é o caso. O resto da carta, é puramente particular e não se refere à nossa Ordem.

Um dos presentes interveio:

- Permita-me, senhor Presidente, que informe esta assembleia de que já ouvi falar em Birdy Edwards. Tem fama de ser o melhor detective ao serviço da Agência «Pinkerton».

- Algum de vocês já o viu? - indagou Mac Ginty.

- Eu conheço-o - declarou Mac Murdo.

Um murmúrio de estupefacção ecoou pela sala.

- Creio que poderemos deitar-lhe a mão e, se agirmos com decisão e rapidez, conseguiremos cortar o mal pela raiz - prosseguiu Mac Murdo, firmemente.





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