O Vale do Terror - Cap. 13: Capítulo 6 – Perigo Pág. 154 / 172

Então, seja de noite ou de dia, gostaria que você viesse comigo.

- Certamente, Jack. Estou disposta a tudo.

- Ainda bem que confia em mim. Conheço uma boa mulher, no lugar de onde vim, e tenciono pedir-lhe que cuide de si, Ettie, até nos podermos casar. Quando chegar o momento propício, minha querida, mandar-lhe-ei um recado. Mal o receba; abandone tudo e corra à sala de espera da estação. Fique aí, até eu aparecer.

- Fá-lo-ei, Jack, seja de dia ou de noite.

Mais tranquilo, embora cogitando nos preparativos de fuga, Mac Murdo dirigiu-se à loja. Os membros da Ordem já estavam reunidos e só pôde passar pelos guardas exteriores e internos depois de formular as senhas e contra-senhas de acesso à reunião.

A sua chegada foi saudada com boas-vindas. Sentou-se naquele ambiente abafado pelo fumo dos cigarros e charutos e olhou para a cabeleira negra de Mac Ginty, o rosto desumano de Baldwin, as feições de abutre de Harraway e as fisionomias mais ou menos desagradáveis dos restantes membros Irmãos da Ordem.

Agradou-lhe verificar que estavam todos presentes pois, dessa maneira, poderiam discutir, sem adiamentos, a notícia que ia transmitir-lhes.

- Ainda bem que veio, Irmão - saudou Mac Ginty, - pois estamos perante um caso que exige a justiça de Salomão.

O vizinho de Mac Murdo segredou-lhe:

- Trata-se de Lander e Egan. Ambos reclamam a devida recompensa pelo assassínio do velho Crabbe, de Stylestown, mas não é possível saber-se qual deles desfechou o tiro mortal.

Mac Murdo ergueu a mão, pedindo para falar. Mac Ginty fez um sinal de assentimento e o jovem declarou, em tom solene:

- Venerável Chefe, trata-se de um assunto de máxima urgência, que deverá ter prioridade.





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