O Vale do Terror - Cap. 14: Capítulo 7 – Birdy Edwards Cai na Armadilha Pág. 167 / 172

»Para levar a cabo esta missão, tive de filiar-me nos Homens Livres de Chicago e, nessa altura, pensei que a vossa relação com a Ordem não passava de uma fantasia. Só quando cá cheguei é que compreendi que não se tratava de boato falso. Evidentemente, nunca na minha vida assassinei um passador de moeda falsa, nem nunca fui falsário. Os dólares que vos mostrei eram tão verdadeiros como os da Casa da Moeda, pois tinham vindo de lá.

»Quando entrei para a vossa Loja, é possível que tenham pensado que eu era tão ruim como qualquer de vocês e, nisso, terão de reconhecer o meu mérito.

»Na noite em que espancaram o velho Stranger, não tive tempo de avisá-lo do que ia suceder-lhe, mas intervim a tempo para que Baldwin não o matasse.

»Se vos apoiei, verbalmente, quando se sugeriam incursões punitivas, fi-lo apenas para conservar o meu lugar... e não me foi possível salvar Dunn e Menzies. Mas avisei Chester Wilcox, para que se mudasse antes de eu lhe atirar com a casa, pelos ares...

- Miserável traidor! - cortou Mac Ginty com dentes cerrados.

- Pode chamar-se o que quiser, se isso lhe abranda a cólera Vocês foram, nestas paragens, inimigos de Deus e dos homens. Alguém teria de travar-vos as mãos criminosas. Que me importa que vocês, assassinos, me chamem traidor, se muitos milhares de pessoas me chamarão salvador, como se tivesse descido ao Inferno para libertá-los das vossas garras.

»A carta que vos mostrei, que acabava de chegar a esta cidade, veio, por sorte, parar-me às mãos. Se, tal não tivesse acontecido, talvez eu acabasse por ser desmascarado.