- Ali está a janela - apontou White Mason.- À direita da ponte levadiça. Está aberta, tal como estava ontem à noite.
- Parece demasiado estreita para a passagem de um homem.
- Certamente não podia ser gordo. Mas, tanto eu como o senhor, Mr. Holmes, com algum esforço, poderíamos passar por ela.
Holmes aproximou-se da margem do fosso. Observou a borda de pedra e a faixa, de relva que o ladeava.
- Já investiguei tudo com muito cuidado, Mr. Holmes - afirmou White Mason, - Não há aí nada que permita supor que alguém o tenha transposto.
- A água é sempre assim turva?
- Geralmente é mais ou menos desta cor. O regato arrasta muita lama.
- Qual é a profundidade?
- Cerca de meio metro junto às bordas e quase um metro no centro.
- Deste modo, podemos abandonar qualquer ideia de o homem ter morrido afogado ao atravessá-lo?
- Certamente, nem um rapaz poderia afogar-se aqui!
Atravessámos a ponte e fomos recebidos por um indivíduo estranho, anguloso e enrugado: O mordomo Ames. O pobre velho estava pálido e trémulo de comoção. O sargento da Polícia, homem alto, cerimonioso e melancólico, ainda fazia guarda à sala fatídica. O médico já se tinha retirado.
- Alguma novidade, sargento Wilson? - perguntou White Mason.