O Vale do Terror - Cap. 4: Capítulo 4 – A Treva Pág. 37 / 172

- Não, senhor.

- Então pode ir para casa. Se precisarmos de si, mandaremos chamá-lo. É melhor o mordomo esperar lá fora. Diga-lhe que avise Mr. Cecil Barker, Mrs. Douglas e a governanta de que talvez tenhamos necessidade de falar-lhes dentro de instantes. Agora, meus senhores, permitam-me que lhes transmita; a opinião que formei e, assim, habilitar cada um a formar o seu próprio juízo.

Senti-me impressionado com aquele profissional da província que possuía um seguro domínio dos factos e um raciocínio lúcido. Holmes escutava-o sem dar sinais da impaciência que, frequentemente, lhe causavam os polícias oficiais.

- Trata-se de suicídio ou de crime? Creio ser esse o primeiro dilema. Se foi suicídio, temos de admitir que este homem começou por tirar a aliança e ocultá-la; que, depois se dirigiu para aqui, em roupão, pisou lama, atrás do reposteiro, para fazer crer que alguém estava à espera, abriu a janela, deitou sangue no...

- Podemos abandonar essa ideia - cortou Mac Donald.

- Realmente, o suicídio está posto de parte. Nesse caso, foi cometido um crime. Resta-nos determinar se foi cometido por uma pessoa de fora ou de dentro da casa.

- Muito bem. Ouçamos o que tema dizer a esse respeito.

- Suponhamos, primeiro, que certa pessoa de dentro da casa cometeu o crime. Essa pessoa atacou a vítima, num momento em que tudo se encontrava em silêncio, apesar de ninguém estar a dormir. Contudo, o assassínio foi praticado com uma arma deveras ruidosa! Porquê? Para que todos soubessem o que acontecera, e logo com uma arma cuja presença na casa nunca fora notada. Não parece ser uma hipótese muito verosímil!

- Pois não!

- Nesse caso, estão de acordo em que, depois de ser dado o alarme, se passou apenas um minuto, no máximo, antes de os moradores da casa (não só Mr.





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