O Vale do Terror - Cap. 6: Capítulo 6 – Uma Réstia de Luz Pág. 67 / 172

- É isso que me deixa perplexo, Mr. Holmes - observou White Mason. - Se esse sujeito não desejava criar publicidade em torno da sua pessoa, seria lógico pensar que tivesse voltado ao hotel e ali permanecesse como qualquer turista anónimo. No entanto, agindo como o fez, devia imaginar que o gerente do hotel o denunciasse à Polícia e que o seu desaparecimento fosse considerado relacionado com o crime.

- É a suposição lógica! Contudo, até este momento, a sua argúcia justifica-se, pois ainda não foi preso. Mas ouçamos a descrição da sua sinalética.

Mac Donald consultou o livro de apontamentos.

- Aqui estão os dados que pudemos obter. Parece-me que ninguém deu atenção especial à sua pessoa; não obstante, o porteiro, o recepcionista e a criada de quarto são unânimes em afirmar tratar-se de um homem alto, de cerca de um metro e oitenta, de mais ou menos cinquenta anos de idade, cabelos e bigode grisalhos, nariz aquilino e fisionomia antipática.

- Ora, exceptuando a expressão, poderia ser a sinalética do próprio Douglas - observou Holmes. Tem pouco mais de cinquenta anos, cabelos e bigodes grisalhos e mais ou menos a mesma altura. Não souberam mais nada?

- Vestia fato de jaquetão cinzento e trazia um sobretudo amarelo, curto, e boné.

- E a espingarda?

- Tem menos de sessenta centímetros de comprimento. Poderia caber perfeitamente na maleta ou podia trazê-la escondida debaixo do sobretudo.

- E, na sua opinião, que importância terá tudo isso na solução do caso?

- Bem, Mr. Holmes - respondeu Mac Donald, - quando tivermos capturado o nosso homem (e pode estar certo de que telegrafei a todos os pontos policiais do país indicando-lhes a sua sinalética, estaremos aptos a formular uma opinião.





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