O Vale do Terror - Cap. 6: Capítulo 6 – Uma Réstia de Luz Pág. 66 / 172

Identificámos a bicicleta e temos uma descrição do homem, o que constitui um grande passo à frente.

-Isto afigura-se-me o princípio do fim - comentou Holmes - e congratulo-me convosco de todo o coração. - Pois bem! Partimos do facto de Mr. Douglas parecer agitado, desde o dia anterior, quando estivera, em Tunbridge Wells. Foi, pois, em Tunbridge Wells que pressentiu o perigo. Era evidente que, se alguém tivesse vindo de bicicleta, não podia ser senão de Tunbridge Wells. Levámos a bicicleta connosco e mostrámo-la a diversos hoteleiros. Foi identificada pelo gerente da Eagle Commercial, como pertencente a um certo Mr. Hargrave, que ali tinha ocupado um quarto, dois dias antes. Essa bicicleta e uma maleta de mão constituíam toda a sua bagagem. Registara-se como procedente de Londres, sem dar, porém, o endereço. A maleta era de fabrico londrino e o seu conteúdo de marca britânica, mas o homem era, iniludivelmente, americano.

- Muito bem - elogiou Holmes alegremente, - vocês realizaram um óptimo trabalho, ao passo que eu me deixei ficar aqui amontoando teorias, com o meu amigo. Isso é uma lição de senso prático, caro Mac.

- Isso mesmo, Mr. Holmes - exultou o inspector.

- Tal facto, porém, pode enquadrar-se perfeitamente com a sua hipótese - observei.

- Pode e não pode. Mas, ouçamos o resto. Mac, Não encontraram nada que pudesse estabelecer a identidade desse homem?

- Encontrámos tão pouco que nos faz acreditar que ele procurou eliminar todos os indícios que levassem à sua identificação. Não havia documento ou cartas, nem marca nenhuma nas suas roupas. Encontrámos também um mapa turístico da região. Deixara o hotel de bicicleta, ontem, após a refeição matinal, e ninguém mais soube dele até ao momento em que iniciámos a investigação.





Os capítulos deste livro