Não desespero, porém, de desvendar a verdade.
- Mas esse ciclista não é uma invenção! Temos a sua sinalética, a maleta, a bicicleta. O sujeito deve encontrar-se em qualquer lado! Por que não conseguiremos apanhá-lo?
- Não há dúvida- de que ele se encontra, em qualquer lugar, e é certo que o prenderemos; mas não gostaria que despendessem as vossas energias em East Ham ou Liverpool. Tenho a certeza de que podemos encontrar um atalho para solucionar o caso.
- Está a esconder-nos qualquer coisa. Não é muito correcto da sua parte, Mr. Holmes - queixou-se o inspector aborrecido.
- Você conhece os meus métodos de trabalho, Mac. Não ficarei calado muito tempo. Desejo apenas verificar os meus dados de determinada maneira, o que pode ser feito muito prontamente, após o que apresentarei os meus respeitos e regressarei a Londres, para agir de outro modo, pois, em toda a minha carreira, não me recordo de um caso mais singular.
- Já não percebo nada, Mr. Holmes. Vimo-lo ontem, à noite, quando voltámos de Tunbridge Wells, e o senhor estava perfeitamente de acordo com os nossos resultados. Que sucedeu desde então, para fazê-lo mudar tão completamente de ideias?
- Pois bem; como lhes disse que faria, passei, ontem à noite, algumas horas na mansão de Birlstone.
- Que aconteceu?
- Por ora só posso dar uma resposta muito genérica. A propósito, estive a ler uma descrição curta mas clara, acerca do velho edifício. e que pode ser comprada pela modesta quantia de um penny na tabacaria cá da terra.
Com isto. Holmes tirou do bolso uma pequena brochura em cuja capa se via um desenho tosco da antiga mansão.
- Uma investigação, meu caro Mac, adquire sabor quando nos embrenhamos na atmosfera histórica do seu ambiente.