O Vale do Terror - Cap. 7: Capítulo 7 – A Solução Pág. 82 / 172

Essa é a história do Vale do Terror.

- Mas isso são coisas passadas. Mr. Douglas - observou Sherlock Holmes. - O que desejamos saber é a história actual.

- Estou às suas ordens - respondeu Douglas. Posso fumar enquanto falo? O senhor, Mr. Holmes, também é fumador e pode imaginar o que significa passar dois dias com tabaco no bolso sem fumar, para não ser denunciado pelo cheiro.

Apoiou-se à lareira e aspirou avidamente o fumo do charuto que Holmes lhe estendera.

Entretanto, o inspector Mac Donald estivera com os olhos fitos no recém-chegado.

- Co'os diabos! Já não percebo nada! -exclamou, espantado. - O senhor é John Douglas, da mansão de Birlstone cujo assassínio temos andado a investigar? De onde raio surgiu o senhor?

- Meu caro Mac - interveio Holmes, em ar de reprovação, - você não quis ler esse guia local, que continha a descrição do esconderijo do Rei Carlos II. Naqueles tempos, as pessoas não se ocultavam senão em refúgios seguros e um esconderijo que serviu no passado, também pode ser utilizado no presente. Estava convencido de que haveríamos de descobrir Mr. Douglas debaixo deste tecto.

- E há quanto tempo tem estado a divertir-se à nossa custa, Mr. Holmes? - explodiu o inspector. - Desde quando nos deixou perder tempo numa pesquisa que, de antemão, sabia ser absurda?

- Não lhe fiz perder um minuto sequer, caro Mac. Apenas ontem à noite pude verificar a exactidão das minhas teorias e, como só hoje à noite podiam ser postas à prova, convidei-o a si e ao seu colega a folgarem todo o dia. Que mais poderia fazer? Quando encontrei as roupas no fosso, compreendi que o corpo por nós encontrado não podia ser de Mr. John Douglas mas sim o do ciclista de Tunbridge WelIs.





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