O Vale do Terror - Cap. 9: Capítulo 2 – O Grão-Mestre Pág. 99 / 172

- Tenho a maior confiança em si.

- Porque mal me conhece e a sua alma é inocente.

Entretanto a porta abriu-se e um jovem entrou na saleta, com ares de dono da casa.

Devia ter a mesma idade e estatura de Mac Murdo. Sem tirar o chapéu, estacou, enfurecido, ao ver o par junto da lareira.

Ettie pôs-se de pé, confusa e assustada.

- Chegou mais cedo do que eu esperava - titubeou. - Queira sentar-se aqui, Mr. Baldwin.

Numa atitude hostil, os dois homens trocaram um seco aceno de cabeça,

Baldwin foi o primeiro a falar:

- Espero que Miss Ettie já lhe tenha referido as relações que existem entre nós.

- Não me consta que hajam quaisquer relações entre os dois - ripostou Mac Murdo.

- Pois fica desde já a sabê-lo. Aviso-o de que esta jovem me pertence e de que a noite é apropriada para o senhor e eu darmos um passeio.

- Não tenho a menor vontade de passear.

Os olhos de Baldwin exprimiram cólera.

- Nesse caso, talvez tenha vontade de lutar comigo, senhor pensionista?

Pondo-se de pé, Mac Murdo sorriu.

- É a primeira coisa inteligente que o senhor proferiu, até agora.

- Não, Jack! - interveio Ettie. - Pelo amor de Deus!

- Já lhe chama Jack? - enfureceu-se Baldwin. Já chegaram a esse ponto?

- Oh, Ted! - interpôs-se Ettie. - Se me ama, mostre-se generoso e perdoe-lhe.

Mac Murdo proferiu calmamente:

-Se nos deixasse a sós, Ettie, creio que poderíamos liquidar melhor este assunto.

Virando-se para Baldwin, acrescentou:

- Afinal, a noite está linda e existe um terreno baldio, para além do quarteirão vizinho.

- Não precisarei de sujar as mãos, para ajustar contas consigo - retorquiu Baldwin. - Lamentará ter posto os pés nesta casa, antes de eu ter dado cabo de si.





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