O Vale do Terror - Cap. 4: Capítulo 4 – A Treva Pág. 40 / 172

Douglas. Reparou nisto quando ele estava vivo?

- Sim, Sir. Cortou-se ao fazer a barba, ontem de manhã.

- Ele já se tinha ferido ao barbear-se, em qualquer outra ocasião?

- Há muito tempo que estou aqui e nunca soube disso, Sir!

- É sugestivo! - exclamou Holmes. - Pode ser mera coincidência, mas também pode indicar certo nervosismo e que tinha razão para estar aterrorizado. Observou algo de estranho na sua altitude, Ames?

- Achei-o bastante irritado e inquieto, Sir.

- Talvez o ataque não tivesse sido inesperado. Parece que fazemos alguns progressos. Você quer fazer perguntas, Mac?

- Não, Mr. Holmes,

- Muito bem. Passemos a este cartão: “V. V. 341”. É de textura ordinária. Há algum deste tipo, na casa?

- Creio que não, Sir.

Holmes dirigiu-se à escrivaninha e vazou no mata-borrão um pouco de tinta, de cada um dos tinteiros.

- Não foi escrito nesta sala - concluiu. - Esta tinta é preta e, a que foi usada, é arroxeada. Foi utilizada uma pena grossa e estas são finas. Portanto, foi escrito em qualquer outro sítio. Tem alguma ideia, do que isto quer dizer, Ames?

- Não, senhor, nenhuma.

- Que pensa disto, Mac?

- Tenho a impressão de que se trata de qualquer sociedade secreta, talvez a mesma que lhe fez o sinal no antebraço.

- Também é a minha opinião - concordou White Mason.

- Podemos adoptá-la como hipótese e verificar até onde podemos eliminar as dificuldades que se opõem à solução do problema. Um agente dessa sociedade conseguiu introduzir-se na casa, esperou por Mr. Douglas, quase lhe arrancou a cabeça com um tiro e fugiu pelo fosso, após deixar um cartão junto do cadáver, a fim de avisar os outros membros de que a vingança estava consumada.





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