O Vale do Terror - Cap. 8: SEGUNDA PARTE - OS VINGADORES - Capítulo 1 – O Homem Pág. 90 / 172

- Então, não terá dificuldade em arranjá-lo. Tem amigos, por estas bandas?

- Ainda não, mas procuro arranjá-los.

- Como?

- Faço parte da «Antiga Ordem dos Homens Livres» e, como em todas as cidades já existe uma Loja, hei-de encontrar apoios.

O vizinho mostrou-se interessado, olhou em redor, notou que todos dormitavam, incluindo os dois polícias, e veio sentar-se ao lado do jovem.

Estendendo-lhe a mão convidou:

- Aperte estes ossos! Creio que fala verdade - acrescentou, - mas cumpre-me verificá-lo.

Levou a mão à sobrancelha direita e o jovem respondeu com gesto semelhante, mas tocando na sobrancelha esquerda.

- As noites escuras são desagradáveis - recitou o operário.

- Sim, para os estranhos viajarem.

- Isso basta, amigo. Sou o irmão Scanlan, da Loja 341, do Vale Vermissa. Tenho prazer em vê-lo por cá.

- E leu sou o irmão Mac Murdo, da Loja 29, de Chicago, cujo Grão-mestre é J. H. Scott. Foi grande sorte a minha encontrar logo um irmão!

- Há muitos por cá e a nossa Ordem do Vale de Vermissa é a mais próspera de todos os Estados Unidos. Só não compreendo como não conseguiu arranjar trabalho em Chicago:

- Trabalho não faltava - replicou Mac Murdo.

- Nesse caso, por que saiu de lá?

Apontando, com um gesto de cabeça, para os polícias, Mac Murdo respondeu:

- Creio que aqueles camaradas gostariam de sabê-lo.

- Está em apuros? - inquiriu Scanlan, em voz baixa.

- E de que maneira!

- Caso para prisão?

- Pior.

- Crime de morte?

- Ainda é cedo para falarmos disso. Basta que saiba que tive forte motivo para sair de Chicago.

- Para onde tenciona ir?

- Vou mesmo para Vermissa.

- É a terceira paragem. Onde tenciona hospedar-se?

Mac Murdo tirou um sobrescrito do bolso e consultou-o à luz do candeeiro de petróleo.





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