O Principezinho - Cap. 27: Capítulo 27 Pág. 74 / 78

- Mas há-de parecer que me dói muito... Há-de parecer que estou a morrer. Tem de ser assim. Não venhas ver uma coisa dessas que não vale a pena.

- Vou! Vou! Não te quero abandonar!

Mas ele estava preocupado:

- Se digo isto, também é por causa da serpente. Não quero que ela te morda. As serpentes são más. São capazes de morder as pessoas só por gosto...

- Vou! Vou! Não te quero abandonar!

Mas houve qualquer coisa que o fez ficar mais sossegado:

- Também é verdade que elas já não têm veneno para a segunda mordidela...

À noite, não dei por ele se ir embora. Escapou-se de ao pé de mim, sem fazer barulho nenhum. Quando consegui apanhá-lo, ia a andar com uma passada rápida e decidida. Só disse:

- Ah! Estás aí...

E deu-me a mão. Mas continuava preocupado:

o principezinho no deserto





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