- Nem pensar! - declarou, com veemência. Aconteça o que acontecer, não farás isso. É repugnante.
- Eu sei, mas não posso ter o bebé sem estar casada.
- Não! Se é essa a única alternativa, casarei contigo. Preferia cortar o braço direito a permitir-te um acto dessa natureza.
«Ping!» fez a sineta da porta. Entraram dois indivíduos de aspecto hediondo e fatos azuis reluzentes e uma jovem dominada por um acesso de risadas nervosas. Um dos homens - que eram de idade aproximada à da companheira - perguntou, com um misto de embaraço e excitação, se havia «alguma coisa interessante... pornográfica». Sem proferir palavra, Gordon indicou as prateleiras onde se encontravam os livros de «sexo». Na verdade, havia-os às centenas. Tinham títulos como Segredos de Paris e O Homem em Quem Ela Confiava e as capas exibiam gravuras de mulheres seminuas deitadas em divãs, com homens de smoking debruçados sobre elas.
Os textos que continham revelavam-se, porém, penosamente inofensivos. Os recém-chegados iniciaram as pesquisas, devorando com entusiasmo as cenas representadas das capas, enquanto a rapariga emitia pequenos guinchos e fingia que se sentia chocada. Gordon achava-se tão enojado com eles que lhes voltou as costas até que escolheram o que pretendiam.
Quando se retiraram, reuniu-se de novo a Rosemary, que permanecia sentada.