Sangue Azul - Cap. 3: 3 Pág. 26 / 287

«Aluguei a minha casa ao almirante Croft» soaria muitíssimo bem, muito melhor do que a qualquer simples Mr. ___ - um Mr. (salvo, talvez, uma meia dúzia em toda a nação) precisa sempre de uma nota explicativa. Um almirante comunica a medida da sua própria importância e, ao mesmo tempo, nunca pode fazer com que um baronete pareça inferior. Sir Walter Elliot tinha de ter sempre a precedência em todas as suas transacções e relações.

Nada podia ser feito sem uma consulta a Elizabeth, mas a sua inclinação para uma mudança estava a tornar-se tão forte que ela se sentiu feliz por isso poder ser alcançado e apressado por meio de um inquilino assim à mão - e não proferiu uma única palavra para protelar a decisão.

Mr. Shepherd recebeu plenos poderes para agir e, tão-logo esse fim foi atingido, Anne, que tudo escutara com a máxima atenção, saiu da sala em busca do conforto do ar fresco para as suas faces ruborizadas. Enquanto caminhava por uma alameda favorita, disse, com um brando suspiro: «Uns meses mais, e talvez ele esteja a caminhar por aqui.»





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