Os Pobres - Cap. 11: X - História do Gebo Pág. 72 / 158

O velho caíra exausto, a chorar, a um canto, e no casebre toda a noite se ouviu aquele ruído monótono, triste e inútil. Chorava e cismava: – Amanhã lá tenho de ir à procura de pão... – Sempre a mesma vida, sem tréguas, agora sós os dois e a desgraça. Quando a mulher era viva, apesar de transidos, ainda cuidavam: Para o ano, talvez para o ano a má sorte se canse de nos perseguir... E assim se gastara a última energia e os trapos que, de usados, nem sequer aqueciam. Toda a esperança murchara. O velho ouvia risadas na noite profunda e bocas a clamarem:

– Ó Gebo! ó Gebo!...

– Anh! aí vou! aí vou!





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