O Vale do Terror - Cap. 14: Capítulo 7 – Birdy Edwards Cai na Armadilha Pág. 168 / 172

Por esse motivo, tive de acelerar o desfecho da minha missão... E nada mais tenho a dizer-vos.

»Agora, Marvin, não o deterei por mais tempo. Cumpra a sua obrigação e meta-os na cadeia.

Pouco falta acrescentar a esta narrativa.

Scanlan, antes de sair, levara uma carta a Ettie Shafter. Dessa maneira, logo às primeiras horas da madrugada, uma linda mulher e um homem encapotado, subiram para um comboio especial, posto à disposição deles pela companhia ferroviária, e fizerem uma rápida viagem, sem paragens, para longe daquela zona tenebrosa. Foi a última vez que Ettie e Birdy viram o Vale do Terror. Dez dias mais tarde, casavam-se em Chicago tendo como padrinho o velho Jacob Shafter.

O processo dos Vingadores decorreu longe do lugar onde os réus tivessem podido, por meio de cumplicidades exteriores, intimidar os magistrados. Lutaram, em vão, por libertar-se das malhas da Justiça e de, nada lhes valeu o dinheiro da Loja que tinham extorquido através de toda a região. Esse dinheiro escoava-se-lhes, como água, por entre os dedos.

O testemunho de Edwards que, como Mac Murdo, conhecera todos os pormenores das suas vidas, foi frio, claro, desapaixonado, não se confundindo com as astuciosas argumentações dos advogados de defesa; escandalosamente bem pagos pelos criminosos, com o dinheiro da Loja dos Homens Livres. Estes, ao cabo de tantos anos de extorsões e terrorismo, tinham sido vencidos e a paz voltara ao Vale Vermissa.

Mac Ginty, por mais que se humilhasse e, covardemente, implorasse que lhe poupassem a vida, foi enforcado, assim como oito dos seus principais sequazes. Outros cinquenta sofreram condenações de diversos anos de prisão.

Contudo, os homens cometem muitas vezes graves erros ao ministrarem a Justiça.





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