O Vale do Terror - Cap. 14: Capítulo 7 – Birdy Edwards Cai na Armadilha Pág. 162 / 172

- E ele não lhe perguntou por que motivo não levou os documentos consigo quando foi procurá-lo?

-Sim, mas respondi-lhe que não podia andar pela rua carregado com tudo aquilo e que, ainda esta manhã, o capitão Marvin me abordara na estação.

- Sim - resmungou Mac Ginty. - Ouvi falar nesse seu encontro com Marvin. Ele sabe que você foi esta manhã a Hobson's Patch... Receio, Mac Murdo, que esta história ainda o vá prejudicar. Mesmo que atiremos o cadáver de Birdy para o fundo de um poço… A Policia não deixará de suspeitar de si.

Mac Murdo encolheu os ombros e replicou:

- Se operarmos como deve ser, ninguém poderá provar quem assassinou o agente da Pinkerton. O meu plano é este: vocês virão ao mesmo tempo; Birdy chegará às dez e dará três pancadas na porta. Vou abrir-lha e meto-o dentro de casa. A partir de então ficará inteiramente à vossa mercê.

- Parece fácil de executar.

- Parece, sim... mas não se esqueça, Conselheiro, de que ele anda armado até aos dentes e sabe servir-se das armas. Tentarei iludi-lo o melhor possível, mas é natural que nutra algumas desconfianças. Se o faço entrar numa sala onde já estão sete homens, quando ele pensava vir falar a sós comigo, é capaz de começar aos tiros... e as balas, geralmente, provocam ferimentos graves.

- Tem razão.

- Além disso, mesmo ficando a casa distanciada da cidade, um tiroteio à noite, ouve-se à distância. Ora, nem todos os polícias dormem a essa hora e, que se saiba, não são completamente surdos.

- Tem razão - repetiu Mac Ginty, apreensivo.

- Acho que a melhor maneira de agirmos é a seguinte: vocês ficam na sala grande e eu recebo-o na saleta da entrada. Com o pretexto de ir buscar a documentação, deixo-o só e vou avisá-los.





Os capítulos deste livro