O Vale do Terror - Cap. 3: Capítulo 3 – A Tragédia de Birlstone Pág. 28 / 172

Isso explica a presença do martelo.

- É melhor repô-lo no tapete, onde foi encontrado - recomendou o sargento, coçando a cabeça, indeciso. - Vai ser difícil solucionar este mistério. Dentro em pouco, estará aqui o pessoal de Londres.

Pôs-se a andar vagarosamente em redor.

- Olá! - gritou, excitado, puxando o reposteiro da janela para um lado. - A que horas correram os reposteiros? .

- Quando se acendeu as lâmpadas - respondeu o mordomo. - Pouco depois das quatro.

- Alguém esteve aqui escondido - concluiu ele, baixando a luz da lanterna e mostrando marcas de botas enlameadas, num canto. - Creio que isto justifica a sua teoria, Mr. Barker. Parece que o homem penetrou na casa depois das quatro, quando os reposteiros estavam fechados, e antes das seis, hora a que a ponte foi levantada. Entrou nesta sala, a primeira que encontrou, Como não existia outro lugar propício escondeu-se atrás deste reposteiro. Tudo isto me parece muito claro. É provável que a sua intenção fosse o roubo: entretanto, teria sido apanhado em flagrante por Mr. Douglas, assassinou-o e fugiu.

- É essa a minha impressão - concordou Barker. - Mas não estaremos a perder um tempo precioso? Não podemos dar uma busca pelos arredores, antes que o sujeito se safe?

O sargento reflectiu.

- Não há comboios antes das seis da manhã, portanto não pode fugir pelo caminho-de-ferro. Se for a pé pela estrada, com as calças encharcadas, é provável que alguém o veja. De qualquer forma não posso afastar-me daqui, sem que apareça quem me substitua. E nenhum dos senhores pode sair, antes de termos uma noção mais clara da situação.

O médico, com a lanterna examinava cuidadosamente o cadáver.

- Que marca é esta? - indagou.





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