(continuou)
— Ai está também Camila, rainha de intrépido clã dos volscos, esperando com as suas indómitas amazonas. Porém, se é só a mim que os troianos reclamam para o combate, se isso é do vosso agrado, se somente eu sirvo de obstáculo ao bem comum, irei confiadamente contra Eneias para o defrontar em combate singular, embora seja feroz como Aquiles e como este use armas forjadas por Vulcano. Contra ele pelejarei de igual para igual, por tua filha, ó rei, minha noiva ameaçada.
Enquanto os latinos assim discutiam, Eneias avançava com o seu exército. Irrompeu um mensageiro na assembleia, anunciando, alarmado, que os troianos se dirigiam para a cidade e uma força tirrena descia o rio Tibre e cobria toda a planície. Logo se perturbaram os ânimos do povo. Grande confusão e murmúrio enchiam o salão e muitos partiram do palácio bradando às armas. Os jovens gritavam, as donzelas empalideciam e tremiam os velhos gemiam, lamentando-se e torcendo as mãos. Um rumor ensurdecedor elevava-se aos ares, como um bando de passarás, gritando com estrépito, que baixa velozmente de uma nuvem para pousar num bosque, ou como os cisnes, que se elevam aos ares com um enorme bater de asas e vozearia junto às águas do Padusa.
Aproveitando-se da situação, assim gritou Turno:
— Eia, ó cidadãos! Enquanto os dardanios e etruscos invadem o vosso reino, armados, aqui estais sentados e tranquilos em assembleia, louvando a paz!
E rápido, precipitou-se para fora do salão e deu as ordens de combate
—Vai, Vóluso, e manda que se armem os volscos. Faz marchar os rótulos. Tu, Messapo, e tu, Coras, dispondo a cavalaria diante das muralhas. A outros ordenarei que guarneçam os muros e os bastiões. Siga-me o restante dos guerreiros e sejamos os primeiros a terçar espadas com os troianos.