»
- «O quê, amigo?
Por vida minha, o que quereis ao Índio?
Neste meu escaler dessa fazenda
Não levo a terra».
- «Tal fazenda é ela,
Que desse estofo a não vereis amiúde.»
- «Grão valor é o do escravo!»
- É meu amigo.»
- «Amigo! amigos tais trazeis ao reino!
Rico vindes da Índia.»
- «Rico!... certo:
De feridas ao menos...»
Suspendeu-se,
Corrido das palavras que soltara
Diante de tal gente: a cor do rosto
Claro lhe indica o pejo que envergonha
O homem honrado se indiscretos lábios
No calor da disputa lhe caíram
Em repreensível gabo de si próprio.
XII
No gesto do guerreiro se fixaram
Os olhos circunstantes; e o respeito
Que uma acção generosa inspira ao vulgo,
Por aqueles semblantes se pintava.
Mas o grosseiro mestre não se corre
Do feito descortês: e os sinais tantos
Da desaprovação geral o irritam.